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Blog da Gabi ;)

Divagações, citações, fotos, livros e viagens. Amigos, família, planos, projetos, música. Opinião, conversa pra jogar fora, vontade de escrever.


31.8.07

A hist�ria do brigadeiro

Navegando por outros blogs, li neste aqui, o que copio abaixo: a hist�ria do brigadeiro! Verdadeira ou falsa, achei bem interessante! O duro � que me deu uma vontade de comer brigadeiro....

Acusa-se o leite condensado de padronizar o sabor de antigos doces brasileiros, sobrecarregando-os de a��car, comprometendo sua delicadeza e ajudando a destruir a diversidade do paladar nacional. A cr�tica faz sentido. Fascinados pela sua cremosidade, homogeneidade e concentração de sacarose que chega a doer na garganta, adquirimos o h�bito de despej�-lo em tudo. só porque o consideramos gostoso, achamo-nos no direito de modificar �cones centen�rios, como o pudim de leite e a sericaia de Elvas, ambos nascidos nos conventos portugueses dos tempos coloniais.

Entretanto, sem o leite condensado, que chegou da Su��a no in�cio do sóculo XX com o nome de Leite Mo�a, não haveria brigadeiro, o docinho mais amado do Brasil. Favorito das crian�as, converteu-se na estrela das suas festas.

As informações sobre onde e quando o brigadeiro foi inventado se mostram imprecisas. Quanto � autoria, parece ter sido coletiva. Afinal, nada mais elementar ou intuitivo do que combinar seus ingredientes: leite condensado, chocolate e manteiga. Inicialmente, chamava-se negrinho, em alusão � massa escura. até hoje os ga�chos o denominam assim.

A voz do povo informa que virou brigadeiro em 1945, quando Eduardo Gomes disputou com Eurico Gaspar Dutra a presid�ncia da Rep�blica, sendo derrotado nas urnas. Brigadeiro da Aeron�utica, ele ajudara a escrever um cap�tulo da hist�ria do Brasil. Foi um dos l�deres do Tenentismo, movimento pol�tico emergido entre oficiais jovens das For�as Armadas, celebrizado pela rebelião militar de 1922. No dia 5 de julho, um grupo formado por três oficiais, quinze pra�as e um civil que se juntou no trajeto, saiu do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e enfrentou a tropa governamental fortemente armada. O combate durou 30 minutos. O futuro Brigadeiro sofreu um tiro de fuzil e caiu gravemente ferido.

Eduardo Gomes ainda fundou o Correio A�reo Nacional e se converteu em patrono da For�a A�rea Brasileira. Em 1950, voltou a disputar a presid�ncia, perdendo para Get�lio Vargas. 'Vote no Brigadeiro, que � bonito e � solteiro', dizia o slogan eleitoral, que não lhe rendeu os votos necessérios, mas fascinou as mulheres. Dutra era homem feio e Get�lio nunca constituiu padrão de beleza.

Duas versóes explicam o nome do docinho difundido nacionalmente a partir dos anos 50. A primeira conta que mulheres do Rio de Janeiro, engajadas na campanha de Eduardo Gomes, preparavam negrinhos em casa e os vendiam na rua com o nome de brigadeiro, destinando o dinheiro ao fundo de campanha. A outra, espalhada pelos adversérios do candidato, � dif�cil contar sem incorrer em vulgaridade. Mas, como circula no pa�s, precisamos registr�-la. O tiro desferido em Eduardo Gomes na rebelião do Forte de Copacabana haveria atingido os test�culos. Ora, a receita do docinho brigadeiro não utiliza ovos. Assim, o nome teria conotação maldosa.

Apesar de batizada no Rio de Janeiro, a receita provavelmente se originou em São Paulo na d�cada de 20 ou 30. A dedução se baseia em uma evid�ncia. Quando o docinho surgiu, seus ingredientes b�sicos eram elaborados no Estado. Em 1921, a Nestl� abriu em Araras, a 171 quil�metros da capital paulista, a f�brica n�mero um no Brasil e logo passou a elaborar o pioneiro Leite Mo�a. O produto representa até hoje o maior volume de vendas entre os mais de mil itens que industrializa no pa�s. Ainda em 1921, comeãou a funcionar no bairro da Mooca, em São Paulo, uma prestigiada ind�stria de chocolates. Chamava-se Gardano. Fabricava um chocolate em p� de qualidade e prest�gio, conhecido entre os consumidores como 'chocolate dos padres', por reproduzir na embalagem uma tela do pintor toscano Alessandro Sani, do sóculo XIX, na qual dois sorridentes monges catélicos aparecem diante de uma panela e de um prato. também fabricava o Mentex. Foi incorporada pela Nestl� em 1957, mas os monges permaneceram na embalagem. até hoje ilustram o Chocolate em P� Sol�vel Nestl�, com a pintura original de Sani transformada em desenho.

Coincidentemente, as antigas receitas de brigadeiro recomendam 'chocolate dos padres' e Leite Mo�a. A elaboração do brigadeiro, embora simples, pressup�e o dom�nio de certos truques. 'Pode-se deixar a massa cozinhar menos ou mais tempo', ensina o p�tissier Fl�vio Federico, de São Paulo. 'No primeiro caso, haver� um docinho de textura macia; no outro, ele ficar� meio puxa-puxa e grudar� nos dentes'. Existe um terceiro segredo. 'Caso seja preparado em fogo muito alto e houver um movimento não uniforme da esp�tula ou colher na panela, o a��car do leite condensado caramelizar� e formar� pequenas bolinhas crocantes na massa', acrescenta Fl�vio Federico.

Ai que vontade de brigadeiro! Por isso, fui procurar na "fonte" uma receitinha pro fim de semana! (Se � que algu�m não sabe fazer brigadeiro...) Clique aqui!

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1 Comentários:

Anonymous Anônimo said...

Belo levantamento hist�rico. Parabéns e obrigada!

16/1/10 00:26  

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